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Tema para São Camilo, ABC...Relação médico e tecnologia


A partir da leitura dos textos, produza um texto argumentativo entre 20 e 30 linhas abordando a relação entre o médico atual e a tecnologia.
 – Seu texto deverá demonstrar um posicionamento pessoal a respeito do tema. 
– Utilize exemplos e argumentos do texto para referendar a sua opinião.

 ''A Microsoft está usando o seu conhecimento em sistemas de tecnologia da informação para avançar o estudo do câncer e de seus tratamentos. O pioneirismo pode ajudar a empresa a se posicionar à frente da concorrência no futuro mundo da computação. Os mundos da computação e da medicina parecem bastante distantes entre si. Executivos de tecnologia, envolvidos com os seus processadores, servidores, softwares e aplicativos de celular, em nada se parecem com médicos, que ainda são lembrados pela figura do profissional vestido de jaleco branco, carregando um estetoscópio e bisturis. Mas esses dois profissionais e o conhecimento que acumulam podem ter mais similaridades do que o imaginado. Aos poucos, os dois mundos estão se aproximando e podem combinar conhecimentos. Se depender da Microsoft, essa realidade vai chegar antes do esperado. A empresa divulgou que está se dedicando a jogar luzes em uma das doenças que mais preocupam médicos e pacientes, e que afeta cada vez mais famílias de todo o mundo. Equipes de cientistas da companhia estão se dedicando ao que chamam de “solucionar” o câncer. O uso do verbo é importante. A Microsoft não pretende “curar” a doença, mas dar subsídios para os médicos entenderem melhor como a imensa quantidade de variações de tumores se comporta e escolher o tratamento adequado. O objetivo, explica a companhia, é trazer uma abordagem computacional ao problema: fazer a programação de dados biológicos como se fosse um software. Isso significa utilizar a lógica dos zeros e uns da linguagem binária para encontrar soluções no mundo das letras A, T, G e C que representam as bases nitrogenadas do DNA. “Se olharmos para a combinação de coisas que a Microsoft realiza bem, faz todo sentido para a empresa estar nesse setor”, disse, em comunicado da empresa, Andrew Phillips, o chefe do grupo de pesquisas de computação biológica da Microsoft, em Cambridge, no Reino Unido. São várias as abordagens possíveis. Uma delas, mais distante, é criar um minicomputador molecular que vai ficar dentro de uma célula e monitorar as doenças em desenvolvimento. Qualquer alteração perigosa pode ser combatida prontamente. A segunda solução envolve a análise de dados, adotando máquinas com sistemas de inteligência artificial para interpretar informações novas disponíveis sobre a reprodução celular. Outra abordagem prevê o uso de processos como o desenvolvimento de linguagens de programação e modelos de checagem comuns nos computadores para ler e alterar processos biológicos. “Nós construímos o computador. Sabemos como ele funciona. Não construímos a célula, e muito do seu complexo funcionamento interno ainda é um mistério para nós”, diz Phillips. “Então, precisamos entender como a célula computa, para poder programá-la. Vamos poder, dessa forma, desenvolver métodos e software para analisar e programar células.” Todas essas utilizações representam um grande avanço em relação às formas de se tratar o câncer num passado não muito distante. Há apenas uma década, os médicos escolhiam os seus tratamentos de acordo com o tecido afetado. Um tumor cerebral merecia um tratamento diferente de um câncer de pulmão, por exemplo. Hoje, os biólogos e a indústria  de medicamentos defendem que é mais importante atacar o câncer de acordo com o seu comportamento genômico, e entender o que deu errado na reprodução dos genes. Para descobrir isso, a tecnologia não é tão diferente de um software que identifica objetos em uma foto. Só é mais complexa, exigindo organizar milhões de peças de informação. A Microsoft, inclusive, fez uma parceria com a farmacêutica AstraZeneca para entender a relação entre a aplicação de remédios e a resistência de pacientes em casos de leucemia mieloide, que pode servir de aprendizado para outras aplicações de medicamentos. A estratégia de se aproximar da biologia faz parte do plano de Satya Nadella, o CEO da Microsoft desde 2014, que acredita que a empresa de US$ 85 bilhões de faturamento precisa se preparar para um futuro além da dependência dos softwares Windows e Office. A relação entre computação e biologia chamou a atenção da comunidade acadêmica quando pesquisadores da Universidade de Stanford na Califórnia apresentaram em 2012 o primeiro modelo computacional completo de um organismo, do parasita Mycoplasma genitalium. Ele resolvia um grande problema da genética. A quantidade massiva de dados não podia ser entendida sem que fosse concentrada num único sistema. Mas, mesmo antes disso, a Microsoft já percebia similaridades entre os dois mundos. Ainda na época do cofundador Bill Gates como presidente do conselho, na década passada, a companhia já aplicava os aprendizados no combate aos spams que infestavam as caixas de email das pessoas, na época, para prever as mutações que o vírus HIV podia sofrer. No futuro, todo esse conhecimento deve mudar não só a medicina, mas também a computação. Algumas previsões de futurólogos imaginam que os computadores das próximas décadas não serão baseados no silício, mas em material orgânico. E até mesmo o DNA pode ser utilizado como a base de um novo método de armazenagem de dados, no lugar do hardware atual. Chegar lá logo pode salvar muitas pessoas e também a própria Microsoft''. http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/mercado-digital/20160927/medicocomputador/416137.Acesso em 30.09.2016

''Na pesquisa, os profissionais entrevistados identificaram três disposições básicas em pacientes que levaram para as consultas os dados clínicos obtidos on-line, às quais reagiram de maneiras diferentes. De maneira geral, os profissionais acolheram de maneira favorável a iniciativa daquele grupo de pacientes em cuja busca de informações reconheceram uma pretensão de autoconhecimento ante suas condições de saúde, sem que, no entanto, isso representasse um desafio à autoridade ou ao conhecimento do profissional. Um grupo foi identificado pela confusão e ansiedade com que reagiram às informações obtidas, provocadas pela falta de capacidade plena para interpretar, avaliar, relativizar e personalizar as copiosas informações que obtiveram via web e nas quais acreditaram de maneira acrítica. Esses pacientes exigiram dos mé- dicos não só uma escuta empática, como também esclarecimentos que desfizessem sua apreensão. Porém, um terceiro e menor grupo de pacientes, identificado pela atitude desafiadora implícita no uso da internet para autodiagnóstico, automedicação ou questionamento do saber de seu médico, despertou, de maneira geral, sentimentos contratransferenciais negativos. Frente aos pacientes “desafiadores”, um trabalho longo e desgastante foi relatado pelos profissionais no intuito de justificar e defender os diagnósticos que fizeram e os procedimentos que indicaram, ou de desconstruir conceitos incorretos ou inadequados.''

''São muitas as vantagens oferecidas por essa aquisição, tanto para o paciente quanto para o médico. Para o primeiro, a possibilidade de acessar com facilidade e a muito baixo custo informações sobre a saúde no grau de profundidade e complexidade para o qual ele está preparado fornece maior compreensão dos cuidados que lhes são dedicados e maior capacidade de participação nas decisões a respeito de seu tratamento, aumentando sua segurança nesse momento de natural insegurança. Para o profissional, o uso regular da internet numa época de rápida e contínua expansão do saber médico é a alternativa para atualização e informação ampla e facilmente disponível. O acesso rápido e simples às pesquisas mais recentes permite uma prática baseada em sólidas evidências. No entanto, a atitude participativa do paciente em algumas situações se transforma em confrontação e, para fazer vigorar sua conduta, é, muitas vezes, necessário ao médico superar a força de conceitos equivocados adquiridos por meio da internet ou de outras mídias. Nessas circunstâncias, o risco para a manutenção de uma boa relação terapêutica está além da seguran- ça ou insegurança do profissional, que não podem ser vistas como determinantes únicos e definitivos da preservação ou derrocada do vínculo de cooperação, fundamental para a adesão ao tratamento. Já quanto à frequente afirmativa de que a inclusão da internet na relação entre o médico e seu paciente se propõe a desinstalar a assimetria que a caracteriza, essa assertiva certamente exige uma relativização. Afinal, trata-se aqui de uma assimetria natural entre os dois polos, decorrente dos processos de regressão e de transferência próprios do adoecer(28). Tais processos presentificam os primeiros passos na trajetória do homem para tornar-se humano, quando, em meio a tanta e tão real vulnerabilidade, era acolhido por outro humano, cuja pretensa onipotência inspiraria segurança. Essa verticalidade, antes de ser significante de uma sujeição a ser repudiada, expressa a capacidade adquirida pelo médico de definir, avaliar e intervir sobre a condição de fragilidade apresentada pelo paciente, capacidade esta resultante de uma árdua formação profissional. Concluindo, pode-se avaliar a inclusão da internet na prática médica cotidiana indo além da constatação das óbvias facilitações e dos riscos potenciais que ela viabiliza e vendo-a, mais do que tudo, como algo que indaga sobre a maneira como essa prática vem sendo proposta e sobre as novas tendências para ela. Isso para que então se defenda um modelo de atendimento segundo o qual as tecnologias tenham, sim, um lugar destacado, mas sem se desmentir a importância da formação médica e da experiência clínica, como requisitos obrigatórios para uma leitura profunda, abrangente e, de fato, operativa do adoecer''.http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2013/v11n4/a4130.pdf



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