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Morfologia para Mariana e Stephanie. Nível baby 1

GABARITO DEPOIS QUE MINHAS ALUNAS TIVEREM FEITO O EXERCÍCIO, OU SEJA, DAQUI A UMA SEMANA

Stephanie havia viajado e Mariana até que tinha gostado pois sabia que a amiga precisava descansar. Durante a última aula percebera que uma viagem lhe faria bem. Melhor começar os exercícios. A morfologia até que era divertida.   
DÊ A CLASSE GRAMATICAL
Quando houver um sintagma nominal circule o núcleo, ou pinte com alguma cor.

''Um dos dispositivos fundamentais de definição do horizonte1 da época2 a qual pertencemos está vinculado 3 ao4 advento de um tipo muito5 específico de fala6. Para nós, talvez7 ela seja a mais natural de todas as falas. No entanto 8 foi necessária uma brutal modificação em nossas formas de vida 9para que tal10 fala emergisse e, principalmente, para que ela ganhasse tamanha importância. Trata-se do que entendemos por "falar de si".
De fato, a ideia de que11 há uma fala que é fala sobre12 mim mesmo13, fala que revela a singularidade de meu lugar e do tempo da minha experiência 14é uma de nossas mais influentes invenções.15
Gregos e romanos, por exemplo, falavam na primeira pessoa16, mas não exatamente17 com o intuito de falar de si, como Rousseau, apenas para ficar em um caso, falará séculos depois 18de si mesmo em suas "Confissões" a fim de, antes de mais nada, falar para si mesmo, ou seja, dar à errância19 da sua vida a forma de20 algo que possa ser apropriado por si mesmo. Gregos e romanos falavam na primeira pessoa para fornecer exemplos de um caso geral a ser assumido por outros.21
Nosso vínculo ao ato de "falar de si" tornou-se tão22 forte que chegamos a23 acreditar que ele poderia nos24 curar de nossos males.
Algo do advento25 da psicanálise, por exemplo, parece estar radicalmente vinculado a 26essa operação. Se ela foi uma prática tão influente entre nós a ponto de transformar nossa cultura em uma "cultura psicanalítica" foi, entre outras coisas, por ter compreendido como 27as sociedades ocidentais 28estavam vinculadas à 29crença de que muitas vezes sofremos por30 não sabermos como falar de nós mesmos31. Como se 32as experiências das quais 33somos sujeitos exigissem sínteses que apenas uma fala na qual construímos um romance pessoal seria capaz34 de realizar.
Aristóteles costumava dizer que o que separa a ficção da vida ordinária 35 é a existência de um começo36, de um meio37 e de um fim. Como se a ficção desse ordem à vida, fornecendo-lhe38 uma racionalidade, na medida em que define formas de ligação, de sucessão, de coexistência39, de hierarquia entre 40acontecimentos. A falta deste41 romance, dessa ficção parece, ao menos para nós, impedir o ato de reflexão, dessa reflexão que aproximaria os momentos esquecidos em uma rememoração42 extensa, que tece uma rede de causalidades convergentes que revelariam o que realmente queremos e procuramos realizar, muitas vezes sem o 43saber.
Só que a psicanálise traz também um outra ideia, distinta dessa noção hegemônica de que falar de si é, como44 os gregos diziam, um "pharmakos". Pois não seriam as inúmeras formas do "falar de si" uma conformação a um padrão de fala, com45 suas pressuposições de maturidade e ordem, em vez de uma expressão? Poderíamos começar por nos perguntar: em que condições somos reconhecidos46 como capazes de falar de nós mesmos, de relatar nossos atos em uma linguagem "correta"?
Não seria uma fonte de sofrimento a imposição de falar de nós mesmos em situações nas quais certamente seria necessário algo outro, por exemplo, falar não de si, mas dos objetos que nos causam e afetam, como se fosse possível assumir a fala dos objetos?
Pois somente47 um idealismo que confunde percepção com delírio projetivo nos48 faria acreditar que nossa fala é simplesmente nossa, e não o resultado da maneira com que os objetos ressoam, resultado da maneira com que eles não se submetem a nós, quebrando a regularidade de nossas narrativas, marcando espaços sem unidade49.
Ou seria sempre delírio psicótico falar não de nós, mas falar como outros que não conhecemos e não fomos? Pois há momentos em que falar de outros, falar com a voz de outros50, é a única fala verdadeira, por indicar o que está em movimento de se tornar algo distinto.
Há a voz das coisas e dos objetos, há a voz de outros em nós. Essas vozes são uma universalidade no interior de todo corpo singular. No entanto há aqueles que preferem continuar a falar de si mesmos ou, principalmente, falar como si mesmos. É uma escolha possível, é verdade. Ela tem seu preço''. http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2017/09/1922629-definidor-de-nossa-epoca-ato-de-falar-de-si-mesmo-tem-seu-preco.shtml?loggedpaywall



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