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UNICAMP: FAÇA UM ABAIXO=ASSINADO


SOBRE O ABAIXO-ASSINADO
Gênero textual que se produz quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja fazer uma reivindicação, de caráter pessoal ou coletivo. O abaixo-assinado tem o objetivo de persuadir o leitor do mesmo. Veja suas características:
a) identificação, na forma de vocativo, da autoridade a quem é encaminhado o documento;
b) corpo do texto que consiste na apresentação do problema, seguido da reivindicação pretendida pelos assinantes, e dos argumentos que justificam a solicitação feita;
c) fechamento do texto que deve conter local e data, seguidos de assinaturas dos simpatizantes. Para dar maior credibilidade às assinaturas, costuma-se identificá-las por meio de dados pessoais como cidade, país ( se for o caso), documento de identificação e, às vezes, endereço;
d) os autores do texto podem-se colocar em 1ª ou em 3ª pessoa;
e) a linguagem deve estar atenta ao padrão culto da língua;
f) os verbos aparecem no tempo presente do indicativo;
g) o pronome de tratamento deve ser de acordo com o cargo ocupado pelo interlocutor;
h) texto de intenção persuasiva, que encaminha uma reivindicação.


EXERCÍCIO
LEIA A ENTREVISTA COM O PROFESSOR PACHECO DA ESCOLA DA PONTE - QUE FICA EM PORTUGAL . 
REDIJA UM ABAIXO-ASSINADO, SOLICITANDO QUE A SUA ESCOLA ADOTE O MÉTODO DESSE PROFESSOR NO ENSINO DO PORTUGUÊS.
TOME CUIDADO POIS VOCÊ PRECISA EXTRAIR AS IDEIAS CENTRAIS DA ENTREVISTA COM O TAL PROFESSOR.
(COMO FAZER O ABAIXO-ASSINADO, OLHE NO FIM DA FOLHA)



PROFESSOR PRECISA ABRIR A CABEÇA, DIZ JOSÉ PACHECO
Por Patrícia Gomes, do Porvir


Depois de já ter revolucionado os moldes tradicionais de ensino na Escola da Ponte, o professor português José Pacheco, hoje um estudioso da realidade brasileira, aposta na mudança de mentalidade dos professores e no apoio dos governos para haver inovação em educação. Segundo o educador, é preciso que as iniciativas isoladas que ele tem visto pelo país sejam registradas, avaliadas e incentivadas para não serem perdidas. Mais que isso: os professores devem se dispor a mudar para adotar uma postura mais descentralizada, aberta à reflexão, ao diálogo e à diversidade.
Pacheco se tornou mundialmente conhecido por transformar uma escola pública portuguesa, a Ponte, com uma metodologia ousada: ele acabou com turmas, salas de aula, disciplinas e passou a ensinar conforme a motivação dos alunos. Lá, são os próprios estudantes que se organizam em grupos heterogêneos para estudar os assuntos que lhes interessam, são autônomos para pesquisar, apresentar os resultados para os colegas e, quando se sentem prontos, avisam que podem ser avaliados. O educador já está aposentado, mas sua proposta pedagógica continua sendo aplicada na Ponte e é replicada em vários países, inclusive no Brasil.

Como o senhor definiria inovação em educação?

Os arquivos das universidades estão repletos de teses sobre inovação. Sendo um termo de vasto espectro semântico, eu poderia escolher uma definição qualquer e escrever aqui, mas não farei. Prefiro dizer que, no campo teórico da educação, já tudo foi inventado e que as teses são meras reproduções de teorias… Na prática, aquilo que tem sido considerado inovação não tem sido avaliado e, quase sempre, tem consistido apenas em pequenas mudanças num modelo educacional hegemônico e obsoleto. Esse modelo, dito “tradicional”, aquele em que é suposto ser possível transmitir conhecimento faliu muito tempo atrás.


Nós, brasileiros, somos um povo aberto para inovação?

Sem dúvida que a mistura genética deu origem a um povo criativo. Acompanho algumas práticas embrionárias que provam a capacidade inventiva dos professores brasileiros. São iniciativas que partem de desejos e necessidades sentidas pelos atores locais. Essas práticas (talvez inovadoras) requerem descentralização, questionamento do modelo de relação hierárquica, negociação e contrato, respeito pela diversidade. Tais projetos poderiam constituir-se em oportunidade de mudança, mas o poder criativo não encontra acolhimento junto daqueles a quem compete gerir o sistema. Urge inovar, mas como pode acontecer inovação, se quem decide não tem consciência dessa necessidade?
O que de mais inovador o senhor tem visto pelas suas viagens pelo Brasil?
Tenho visto o trabalho discreto de muitos professores. Um trabalho que talvez mereça ser considerado inovador, mas que, por não ser apoiado pelo poder público, nem avaliado, se perde, quando os professores desistem de querer mudar as escolas, quando desistem de fazer das crianças seres mais sábios e pessoas mais felizes.


Existe mais abertura hoje para projetos que desconstroem a escola tradicional, como a Escola da Ponte ou a Educação Ativa?

Existe abertura por parte de educadores atentos à tragédia educacional brasileira. Há dados que mostram que há alunos que chegam ao ensino médio analfabetos ou incapazes de fazer uma interpretação de texto.
As escolas se converteram ao mundo digital, mas mantêm e reforçam práticas de ensino obsoletas, o improviso e o imediatismo das “novas” práticas faz prosperar o insucesso. Urge instituir novas e autonômicas formas de organização das escolas, mas também recuperar práticas antigas, sem a tentação de clonar a escola da Ponte ou adotar modismos.
Há muitos educadores com um estatuto social degradado, mal remunerados, mas que não desistem de desconstruir o modelo tradicional, de tentar melhorar, melhorando a escola. Eles sabem que o Brasil progredirá através da educação. Mas não aquela educação de que é feita a retórica de político…
Onde estão as principais barreiras para inovar? Nas escolas, entre professores, governantes, pais ou alunos?
A mudança em educação é um processo complexo e moroso: para grandes metas, pequenos passos. Urge buscar uma escola do conhecimento e abandonar um ensino meramente transmissivo, fomentar a organização do acesso à informação e a aprendizagem do uso do conhecimento.

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SOBRE O ABAIXO-ASSINADO
Gênero textual que se produz quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja fazer uma reivindicação, de caráter pessoal ou coletivo. O abaixo-assinado tem o objetivo de persuadir o leitor do mesmo. Veja suas características:
a) identificação, na forma de vocativo, da autoridade a quem é encaminhado o documento;
b) corpo do texto que consiste na apresentação do problema, seguido da reivindicação pretendida pelos assinantes, e dos argumentos que justificam a solicitação feita;
c) fechamento do texto que deve conter local e data, seguidos de assinaturas dos simpatizantes. Para dar maior credibilidade às assinaturas, costuma-se identificá-las por meio de dados pessoais como cidade, país ( se for o caso), documento de identificação e, às vezes, endereço;
d) os autores do texto podem-se colocar em 1ª ou em 3ª pessoa;
e) a linguagem deve estar atenta ao padrão culto da língua;
f) os verbos aparecem no tempo presente do indicativo;
g) o pronome de tratamento deve ser de acordo com o cargo ocupado pelo interlocutor;
h) texto de intenção persuasiva, que encaminha uma reivindicação.


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